segunda-feira, 10 de março de 2014

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Forró e suas origens, história, dança, gêneros, cantores e bandas

Forró: dança popular nordestina, o que é?

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O forró é uma dança popular de origem nordestina. Esta dança é acompanhada de música, que possui o mesmo nome da dança.

A música de forró possui temática ligada aos aspectos culturais e cotidianos da região Nordeste do Brasil.

A música de forró é acompanhada dos seguintes instrumentos musicais: triângulo, sanfona e zabumba.

História do Forró
De acordo com pesquisadores, o forró surgiu no século XIX. Nesta época, como as pistas de dança eram de barro batido, era necessário molhá-las antes, para que a poeira não levantasse. As pessoas dançavam arrastando os pés para evitar que a poeira subisse.

Origem do nome
A origem do nome forró tem várias versões, porém a mais aceita é a do folclorista e pesquisador da cultura popular Luiz Câmara Cascudo. Segundo ele, a palavra forró deriva da abreviação de forrobodó, que significa arrasta-pé, confusão, farra.

Características
Uma das principais características do forró é o ato de arrastar os pés durante a dança. Esta é realizada por casais, que dançam com os corpos bem colados, transmitindo sensualidade.

Embora seja tipicamente nordestino, o forró espalhou-se pelo Brasil fazendo grande sucesso. Foram os migrantes nordestinos que espalharam o forró, principalmente nas décadas de 1960 e 1970.

Atualmente, existem vários gêneros de forró: forró eletrônico, forró tradicional, forró universitário e o forró pé de serra.

Principais cantores e bandas de forró: Alceu Valença, Beto Barbosa, Calcinha Preta, Chico Salles, Dominguinhos, Elba Ramalho, Frank Aguiar, Genival Lacerda, Jackson do Pandeiro, Limão com mel, Luiz Gonzaga, Mastruz com leite, Oswaldinho do Acordeon, Sivuca, Zé Ramalho, Toca do Vale, Wesley Safadão e Garota Safada.

O dia do Forró é comemorado em 13 de dezembro o Dia Nacional do Forró.

Rádios Online Comunidades - Forró
Forró é um ritmo e dança típicos da Região Nordeste do Brasil praticada nas festas juninas e outros eventos. Diante a imprecisão do termo, não existe consenso quanto a definição musical do forró como estilo musical, sendo geralmente associado o nome como uma generalização de vários ritmos musicais daquela região, como baião, a quadrilha, o xaxado, que tem influências holandesas e o xote, que veio de Portugal. São tocados, tradicionalmente, por trios, compostos de um sanfoneiro (tocador de acordeão, que no forró é tradicionalmente a sanfona de oito baixos), um zabumbeiro e um tocador de triângulo. Também é chamado arrasta-pé, bate-chinela, fobó.

Além do forró tradicional, denominado pé-de-serra, existee outras variações, tais como o forró eletrônico, vertente estilizada e pós-modernizada do forró surgida no início da década de 90 que utiliza elementos eletrônicos em sua execução, como a bateria, o teclado, o contrabaixo e a guitarra elétrica; e o forró universitário, surgido na capital paulista no final da década de 90, que é uma especie de revitalização do forró tradicional, que eventualmente acrescenta contrabaixo e violão aos instrumentos tradicionais, sendo a principal caracteristica os três passos basicos, sendo um deles o "2 para lá 2 para cá", que veio da polca.

Conhecido e praticado em todo o Brasil, o forró é especialmente popular nas cidades brasileiras de Campina Grande, Caruaru, Mossoró e Juazeiro do Norte, onde estas sediam as maiores Festa de São João do país. Já nas capitais Aracaju, Fortaleza, João Pessoa, Natal, Maceió, Recife e Teresina é tradicional as festas e apresentações de bandas de forró em eventos privados que atraem especialmente os jovens.

Rádios Online Comunidades - Origem do nome
O termo "forró", segundo o filólogo pernambucano Evanildo Bechara é uma variante do antigo galego-português forbodó, relacionando o termo a farbodão, do francês faux-bourdon, que teria a conotação de desentoação.

Na etimologia popular é frequente associar a origem da palavra "forró" à expressão da língua inglesa "for all" (para todos). Para essa versão foi construída uma engenhosa história: no início do século XX, os engenheiros britânicos, instalados em Pernambuco para construir a ferrovia Great Western, promoviam bailes abertos ao público, ou seja for all. Assim, o termo passaria a ser pronunciado "forró" pelos nordestinos.

Gêneros musicais
O forró é dançado ao som de vários ritmos brasileiros tipicamente nordestinos, entre os quais destacam-se: o xote, o baião, o xaxado, a marcha (estilo tradicionalmente adotado em quadrilhas) e coco. Outros estilos de forró são: o forró universitário, uma revisitação do forró tradicional (conhecido como forró pé-de-serra) e o forró eletrônico ou "estilizado".

Rádios Online Comunidades - Estilos da dança
O forró é dançado em pares que executam diversas evoluções, diferentes para o forró nordestino e o forró universitário: o forró nordestino é executado com mais malícia e sensualidade, o que exige maior cumplicidade entre os parceiros. Os principais passos desse estilo são a levantada de perna e a testada (as testas do par se encontram), também conhecido pelo termo "Cretinagem".
O forró universitário possui mais evoluções. Os passos principais são: dobradiça - abertura lateral do par;
caminhada - passo do par para a frente ou para trás;
comemoração - passo de balançada, com a perna do cavalheiro entre a perna da dama; giro simples;
giro do cavalheiro;
oito - o cavalheiro e a dama ficam de costas e passam um pelo outro.

Modernização do forró
A partir de meados da década de 1980, com a saturação do forró tradicional conhecido como pé-de serra, surgiu no Ceará um novo meio de fazer forró, com a introdução de instrumentos eletrônicos tais como guitarra, bateria e baixo. Também as letras deixaram de ter como foco a seca e sofrimento dos nordestinos, e passaram a abordar conteúdos que atraíssem os jovens.

O precursor do movimento foi o ex-árbitro de futebol, produtor musical e empresário Emanuel Gurgel, responsável pelas bandas Mastruz com Leite, Cavalo de Pau, Alegria do Forró e Catuaba com Amendoim. O principal instrumento de divulgação do forró na década de 1990 foi a rádio Som Zoom Sat e a gravadora Som Zoom Estúdio pertencente a Gurgel. Tal pioneirismo teve críticas de transformar o forró num produto. Em entrevista à revista Época, declarou Gurgel: "Mudamos a filosofia do forró: Luiz Gonzaga só falava de fome, seca e Nordeste independente. Agora a linguagem é romântica, enfocada no cotidiano, nas raízes nordestinas, nas belezas naturais e no Nordeste menos sofrido, mais alegre e moderno".

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